Ouve, Senhor, a minha prece, para que minha alma não desfaleça sob o peso da tua lei, e esmoreça em confessar os atos de misericórdia que me arrancaram de péssimos caminhos, para que seja, para mim, mais atraente do que todas as seduções que eu seguia, e assim eu te ame imensamente e te segure a mão com todas as forças de minha alma, e me livres de toda a tentação até o fim.
Senhor, tu és o meu rei e o meu Deus! Que para o teu serviço se consagre tudo o que de útil eu aprendi em criança: para ti a minha capacidade de falar, escrever, ler e contar. Pois, quando eu aprendia coisas inúteis tu me disciplinaste e me perdoaste o pecado do prazer inútil que nelas eu encontrava.
É verdade que com elas aprendi muitas coisas úteis, mas estas podem ser aprendidas também em matérias não frívolas: este seria o caminho mais seguro a ser percorrido pelas crianças.
Extraído do livro: Confissões, de Santo Agostinho
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